quarta-feira, 1 de julho de 2009

Esperando aviões?

Sabe aqueles dias em que tudo dá errado? Pois é, naquela sexta feira chuvosa eu acordei cedo já rezando para que o tempo voasse, por que tinha certeza que seria um mau dia. Não sei por que, mas naquele dia meu coração não pedia para trabalhar, ainda assim eu fui, trabalhei porém nada de extraordinário acontecera. Ao fim do dia recebi um telefonema que me animou, era ele e disse que queria me ver. Nossa a luz no fim do túnel havia se acendido, mas não sei o porque não estava me sentindo animada para encontrá-lo.

No horário combinado eu o esperava, rabo de cavalo, levemente maquiada e com seu vestido favorito_ era um vestido longuete branco , com um detalhe rendado nas costas, simples, mas sexy.Ele atrasado como de costume, foi logo elogiando o quanto estava linda, o que me deixou contente porém desconfiada. Fomos a um restaurante discreto num reservado shopping da zona sul carioca, bebemos um bom vinho, rimos, jantamos, mas não sentia o calor dos encontros anteriores, ele estava desconfortável com algo, mas algo dentro de mim já anunciava uma má notícia. Durante o jantar ele me dava pistas sutis de onde queria chegar, e quando saíamos do restaurante rumo ao estacionamento, ele me disse que era melhor cada um ficar na sua, porque ele não queria levar um relacionamento adiante, com aquela velha desculpa esfarrapada que tinha acabado de sair de um relacionamento e não queria compromissos. Parei, pensei, olhei para ele e disse que tudo bem e que compreendia a situação dele, entrei no carro e liguei o rádio e adivinhem qual música estava tocando?Esperando aviões de Vander Lee, justamente nesta parte:

"Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões "

Ah se vocês soubessem o quanto odeio essa música e o quanto eu odeio a deprê que ela me traz!Fiquei com ainda mais raiva do que já estava antes e coloquei um mp3 pra tocar. Já era meia noite e com a chuva fina, dirigia com cautela, mas em dias chuvosos, toda cautela é pouca, quando de repente na descida da Perimetral encontro um buraco gigante que estava coberto pela água da chuva e o resultado?Um pneu furado! Pois é , depois de um dia chato e noite desagradável, nada melhor do que um pneu furado para fechar o dia não?Quando saí do carro e constatei que o pneu realmente havia furado, surtei.Imagine a cena, uma mulher sozinha, no meio da noite chuvosa em plena avenida Brasil. Quando tirei o celular da bolsa para tentar me livrar daquela roubada, eis que pára um carro preto com quatro portas filmado ao meu lado.Eu já quase que tendo um peripaque, imaginando o perigo da situação, quando sai do carro um homem grisalho, moreno, alto de olhos castanhos claros e voz suave, perguntando se que eu aceitava sua ajuda. O que era aquilo meu Deus? Eu que estava numa situação de desamparo total recebo do nada uma ajuda tão providencial. Depois de trocar o pneu furado, ele se apresentou e pediu mil desculpas por não ter se apresentado antes, disse que ficou apreensivo em ver-me em apuros. Seu nome era Gabriel, e tinha acabado de sair de um plantão,mas disse que por mais cansado que tivesse insistia em me acompanhar até em casa, “por que estava preocupado com meu emocional”, estranho...mas, fingi que acreditei ser essa a razão,rs..rs..
Me trouxe até em casa e pediu meu telefone para que pudesse me ligar quando
chegasse , e então...

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