quinta-feira, 28 de julho de 2011

A vida de novela e a novela da vida

Não consigo entender o porque das pessoas gostarem tanto de se fazerem de vítimas. Talvez, por sermos brasileiros e vivermos em um país que simplesmente adora novelas, acho que a grande maioria quer estar inserido em algo bastante similar,acho que por isso, muita gente que conheço vive fazendo tipo e se vitimizando como se tivesse uma vasta audiência observando seu espetáculo.

Sofrem da síndrome de 'taci' da 'cici' entre outras síndromes bem peculiares do universo noveleiro. Acabei de descobrir que existem alguns grupos tipicamente novelísticos que coexistem no mundo real: A mocinha, o mocinho, o anti herói, a anti heroína, os vilões, o núcleo que reside na zona sul,e o povo suburbano,não pode faltar pra dar mais colorido à trama.

Estava pensando em qual desses núcleos faço parte , e pensei muito, muito mesmo!Uma colocação nesse universo paralelo é muito importante caso queira tomar algum partido na trama. Tenho três opções: Mocinha, anti heroína e vilã. Será que alguns de vocês amigos leitores conseguem descobrir em qual perfil eu me encaixo melhor?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os tempos estão ficando cada dia mais modernos...

Apesar dos meus trinta e poucos anos e de estar em contato direto com a modernidade, essa novidade ainda me assusta.Vivo num mundo onde a aparência sufoca a essência e os valores não tem mais tanto valor. Sinto como um peixe fora d'agua , como se não pertencesse a esse mundo novo. Sou do tempo em que ainda casavam se por amor, que pedir a benção aos pais antes de sair de casa era normal, quando havia respeito de verdade, quando os homens ainda faziam papel de homens, entre outras coisas que não vejo mais por aí.

As pessoas querem sempre vender uma imagem 'televisiva', uma casca bonita ,cheirosa e com 'pedigree'.Frequentam os melhores 'rolês' e sempre conhecem pessoas influentes,mesmo sem poder ostentar algo dessa magnitude. Essa imagem artificial está sempre feliz e sempre que pode espezinha um desafeto ostentando um belo e grande sorriso amarelo que não significa coisa alguma.

Ela é 'a gostosona', que tá sempre segura de si e com a roupa da moda que te olha de cima _ vive pra encher álbuns de redes sociais e pra falar mal da outra que tá fora de moda; ele é 'o cara', o pegador_ que pega todas e que tá sempre por cima da 'carne seca', e nunca tem derrotas pra contar. É gente pequena que perde tempo com coisas que não tem valor algum. Pessoas que estão presentes em nosso cotidiano que cruzamos com mais frequência que imaginamos.

Eu nada tenho contra quem se preocupa com a imagem, até porque cada um com seu cada um, mas eu não posso ficar dando importância à algo que o tempo destrói, posso?


Eu sou das antigas, mas vivo no mundo moderno,fazer o quê? Sou do tempo em que o homem ainda assumia seus erros, depois que inventaram o tal de colocar na conta do 'Abreu', o mundo nunca mais foi o mesmo, nem o pobre do 'Abreu'. Eram homens com 'h' maiúsculo e não um bando de moleques que correm feito 'baratas tontas' para lado contrário só para fugir do problema, ao invés de tentar resolver. Homens que não tinham medo de se relacionar,de viver...Saudades desse tempo!

Acho que por isso estou tendo uma dificuldade imensa em me adaptar às modernidades. Assumo que tenho uma enorme dificuldade nesse maldito jogo, sou menina e péssima estrategista!Todo e qualquer passo que a gente dê pode ser fatal. Nunca se sabe se tem bomba por onde estamos pisando, então como é que se joga num campo minado quando estamos cheias de sonhos e esperanças na mochila? Se você liga, tá pressionando, se não liga tá abandonando, se sente saudades, tá sufocando, se não sente é fria, se procura, tá grudenta, se não procura, não quer saber. Eu juro que gostaria de saber o meio termo, mas não sei.

A modernidade transformou o ser humano em algo sem coração que não pensa mais em querer ser, e sim em poder ter. As pessoas não tem mais relacionamentos amorosos, elas fazem trocas. Se eu tiver algo que te interesse e vice versa, será uma troca justa e nada mais, sem aborrecimentos. Ai que tristeza...e eu que ainda pude testemunhar o amor em sua mais pura essência, não vou ter esse direito, porque é um sentimento que está saindo do mercado por falta de interessados.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eis me aqui outra vez, será que dessa vez a inspiração volta de vez?

Depois de um longo tempo sem escrever uma linha sequer neste espaço que tanto gosto, eis que volto no intuito de resgatar não o tempo perdido, e sim a inspiração despedaçada. Ela não foi apenas despedaçada, foi tripudiada, pisada e desdenhada, e esse tratamento tão maldoso fez com que aos poucos fosse se distanciando dos meus pensamentos.

Antes eu tinha um relacionamento de amizade pelas palavras, depois essa amizade foi ficando colorida e foi ficando mais sério.Até o dia em que eu e elas decidimos viver juntas, até o dia em que ela achou que não dava mais e fugiu sem dar tchau. Fiquei tão magoada com esse abandono repentino que não conseguia escrever nada além de 140 caracteres, tamanho desgosto, fazer o que , se elas decidiram me abandonar?

A escrita depende de uma série de fatores que estão diretamente ligados ao meu relacionamento com o mundo que me cerca e se o mundo tava em desordem, a cabeça e coração , também!E enquanto a desordem havia se instalado no meu mundo, minha inspiração arrependida não se sentia segura em voltar.Ela sabia que com a casa bagunçada, dificilmente encontraria um bom lugar para viver.

Não sei seu retorno é temporário ou definitivo, mas o que realmente importa é que ela está de malas prontas e de volta pra mim.

A Noite

É a dama misteriosa que surge coberta por um manto azul escuro e estrelado, perfumada pelo aroma da Dama da Noite que me tira de casa num estalar de dedos. Há quem diga que ela é minha amante, há quem diga que é uma grande companheira de aventuras.

Acho que vou ficar com a segunda opção, é muito mais lógica até por que já disse que sou a esposa do Dia e sou muito fiel. A noite é uma companheira, que está sempre por perto nos momentos em que mais preciso de sua ajuda.

Independente de seu humor, ela sempre me tira de casa e sempre e me diverte, tendo dinheiro ou não. Ela me guia para os melhores eventos onde sempre me apresenta muita gente diferente.

Eu gosto muito de sua companhia, e quando estamos juntas até esqueço da existência do meu tão amado marido. Acho que é por isso que ele não gosta muito dela, sabe que quando estamos juntas fico tão eufórica que até perco o foco.

Com ela conheci muita gente bonita, elegante e sincera_ mas vou logo avisando que nem todas as pessoas que conheci com ela, são desse jeito. Até conheci algumas pessoas que quase atrapalharam meu relacionamento com o dia.

Até me faz lembrar de tantas noites que passava em claro em conversas que nunca tinham fim e que quase me conduziram à “zumbilândia”. Mas são estórias que cabem a Sophia e não a mim, mas quem é leitor assíduo, sabe do que tô falando, e quem ainda não leu, é só procurar porque tá em algum lugar desse espaço tão aconchegante.


Por muitas vezes rimos e até choramos juntas, e ela estava sempre ali comigo esperando a manhã chegar para me devolver em segurança para meu marido Dia. Ele como um bom marido, sempre me esperava pacientemente de braços abertos e olhar iluminado, me guiando no caminho de volta pra casa.