quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os tempos estão ficando cada dia mais modernos...

Apesar dos meus trinta e poucos anos e de estar em contato direto com a modernidade, essa novidade ainda me assusta.Vivo num mundo onde a aparência sufoca a essência e os valores não tem mais tanto valor. Sinto como um peixe fora d'agua , como se não pertencesse a esse mundo novo. Sou do tempo em que ainda casavam se por amor, que pedir a benção aos pais antes de sair de casa era normal, quando havia respeito de verdade, quando os homens ainda faziam papel de homens, entre outras coisas que não vejo mais por aí.

As pessoas querem sempre vender uma imagem 'televisiva', uma casca bonita ,cheirosa e com 'pedigree'.Frequentam os melhores 'rolês' e sempre conhecem pessoas influentes,mesmo sem poder ostentar algo dessa magnitude. Essa imagem artificial está sempre feliz e sempre que pode espezinha um desafeto ostentando um belo e grande sorriso amarelo que não significa coisa alguma.

Ela é 'a gostosona', que tá sempre segura de si e com a roupa da moda que te olha de cima _ vive pra encher álbuns de redes sociais e pra falar mal da outra que tá fora de moda; ele é 'o cara', o pegador_ que pega todas e que tá sempre por cima da 'carne seca', e nunca tem derrotas pra contar. É gente pequena que perde tempo com coisas que não tem valor algum. Pessoas que estão presentes em nosso cotidiano que cruzamos com mais frequência que imaginamos.

Eu nada tenho contra quem se preocupa com a imagem, até porque cada um com seu cada um, mas eu não posso ficar dando importância à algo que o tempo destrói, posso?


Eu sou das antigas, mas vivo no mundo moderno,fazer o quê? Sou do tempo em que o homem ainda assumia seus erros, depois que inventaram o tal de colocar na conta do 'Abreu', o mundo nunca mais foi o mesmo, nem o pobre do 'Abreu'. Eram homens com 'h' maiúsculo e não um bando de moleques que correm feito 'baratas tontas' para lado contrário só para fugir do problema, ao invés de tentar resolver. Homens que não tinham medo de se relacionar,de viver...Saudades desse tempo!

Acho que por isso estou tendo uma dificuldade imensa em me adaptar às modernidades. Assumo que tenho uma enorme dificuldade nesse maldito jogo, sou menina e péssima estrategista!Todo e qualquer passo que a gente dê pode ser fatal. Nunca se sabe se tem bomba por onde estamos pisando, então como é que se joga num campo minado quando estamos cheias de sonhos e esperanças na mochila? Se você liga, tá pressionando, se não liga tá abandonando, se sente saudades, tá sufocando, se não sente é fria, se procura, tá grudenta, se não procura, não quer saber. Eu juro que gostaria de saber o meio termo, mas não sei.

A modernidade transformou o ser humano em algo sem coração que não pensa mais em querer ser, e sim em poder ter. As pessoas não tem mais relacionamentos amorosos, elas fazem trocas. Se eu tiver algo que te interesse e vice versa, será uma troca justa e nada mais, sem aborrecimentos. Ai que tristeza...e eu que ainda pude testemunhar o amor em sua mais pura essência, não vou ter esse direito, porque é um sentimento que está saindo do mercado por falta de interessados.

2 comentários:

  1. Companheira...nós, remanescentes de outra realidade, fazemos o quê? Vivemos momentos agradáveis quando dá (como esta blogueira, empresária, professora, cantora de karaokê e dona de tantos outros talentos ainda não descobertos) e tentamos nos adaptar à nova realidade sem nos ferir demais...
    Como te falo sempre, "eu sou rebelde pq o mundo quis assim"... Mas tô num processo de descobrir e redescobrir ações e emoções que eu não mais me lembrava ou nem sabia que era capaz de viver... O que eu quero dizer é: SEJA VOCÊ..."No matter what". E se preserve, mas não deixe de viver.

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  2. É... o tal do meio termo... sabe q eu também não sei? Será q isso existe? Quando penso que nem quero descobrir estou eu a procura dele. Bom é melhor seguir vivendo, só não dá pra deixar ele pra lá rs, pq mesmo quando não queremos estamos de cara com suas questões de novo... o tal do meio termo rsrs.

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