quarta-feira, 6 de maio de 2015

Dizer, não dizer...

Engraçado como pessoas podem abrir algumas portas ou acordar algo que estava aparentemente em coma. Ontem eu estava falando sobre inspiração , motivação, já estava ciente que estava precisando de um empurrão e ele veio de onde eu menos esperava... Acordei pensando no porque não conseguia mais escrever como antes. É claro que nunca mais vou escrever como antes, até porque hoje eu não sou a mesma , hoje sou uma versão melhorada de um antigo eu.

Sabe aquela sensação de que as palavras estão presas em sua garganta? Então , no meu caso estão todas armazenadas em meu peito, porque é um lugar de mais difícil acesso, não saem de jeito algum. As coitadinhas estão ali, presas e insatisfeitas querendo mostrar-se ao mundo , mas não! Eu sei porque elas não saem daqui,elas são conscientes e não saem porque são tão perigosas quanto lanças e que a dor que podem causar, é tamanha.

Sim, estou chateada com algumas coisas e para completar os dias estão cinzentos. Não que odeie os dias cinzentos, mas eles me deixam introspectiva e disso eu não gosto. Por mais que não queira, eu também fico um pouco cinzenta e isso não combina em nada com minha personalidade colorida.

Não, eu não pretendo deixa-las sair nem pelos dedos nem pela boca, a não ser que seja indagada, sei que podem ferir pessoas, então melhor não. Mesmo sabendo que muitas pessoas não estão nem aí para o que eu penso ou sinto, prefiro continuar assim. Mas não significa que vou ficar entalada ou que elas vão construir morada ali, porque com o tempo eu aprendi que elas sempre vão encontrar uma válvula de escape e que eu sempre vou encontrar um 'colinho' para me aconchegar e assim o incômodo se desfazendo. Sei que aos poucos e com o tempo, essa chateação será apenas uma simples lembrança de um tempo ruim...

Não, eu não tenho a pretensão de continuar escrevendo em primeira pessoa porque não é de bom tom, mas de acordo com as pessoas que me rodeiam ninguém fica fazendo a ‘phyna’ quando algo desagrada e jogam suas amarguras sem um pingo de dó, então ...deixem eu fazer a deselegante quando tiver vontade.

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