A fervida da Lapa!

Heleninha era como uma típica mulher brasileira , trabalhava, estudava e curtia a companhia dos amigos . Era enfermeira, então vivia de plantões, era uma correia que só, mas sempre que podia dava seus ‘pulinhos’ e ia farrear com as amigas. Poucos sabem, mas a vida de quem trabalha na saúde não é nada fácil, lidar com vida e morte a cada dia mexia com o emocional de qualquer um...

Como outras mulheres que conheço, Heleninha não namorava,mas também não era sozinha e tinha algo que não posso caracterizar como relacionamento. Ela e Claudio se encontravam com bastante frequência,mas ainda assim como já falei,não era um relacionamento convencional. Claudio não queria um relacionamento, tava na cara, Lena não queria se envolver no momento, perfeito! Estando acordados, se viam quando podiam e assim estavam bem.

Dia desses ,plantão arrastado, Lena estava na internet pelo celular quando começam a conversar, final de semana chegando, ela estaria de folga porque não?Perguntou se iria para um happy hour habitual. Ele disse que não iria, por algum motivo que não aguçou a curiosidade de nossa heroína, e continuaram conversando. Arrumou-se e foi animadíssima encontrar-se com o pessoal que com certeza estaria lá. Chegando lá, quem foi a primeira pessoa com quem ela encontrou nas primeiras mesinhas do happy hour? O próprio!

Ele arregalou os olhos e mandou logo à queima roupa que estava linda! Não que não fosse verdade, mas acho que ele queria amenizar a mentira que havia dito.Sem perder a classe, Lena cumprimentou-o educadamente , e perguntou se iria para o outro rolê.
Abrindo aspas para tecer um comentário de suma importância: Lena perguntou se ele iria ,não porque queria ficar com ele caso fosse, mas não queria que ele passasse por nenhum tipo de decepção. Eles não namoravam, mas ela não queria que ele testemunhasse nada que pudesse trazer embaraço ao rapaz.Fechadas as aspas e seguindo com a estória...Mais uma vez, ele disse que não iria e perguntou se ela estava só. Ela não estava só, tinha um monte de amigos aguardando por ela, afinal nossa heroína é muito sociável.

Encontrou os amigos e beberam algumas, era tudo o que Heleninha precisava pra
desestressar , o dia havia sido muito cansativo, e nada como uns bons ‘drinks’, pra relaxar. Nesse intervalo os amigos vão chegando e os amigos apresentam amigos...E um amigo de um amigo era bem interessante. Rodrigo não parava de olhar nossa heroína, e olhava nos olhos...O clima estava muuuito bom...brilho no olhar, flerte rolando, tudo certo pra dar certo. Claudio? Quem ?! Já tinha até esquecido que ele estava por ali, mas estava tranqüila porque era muita gente reunida e o álcool já havia tirado toda a noção de perigo.

A noite estava apenas começando e o barzinho já estava fechando, Heleninha não estava bêbada, mas as ‘piñas-coladas’ que havia bebido ,deixaram nossa heroína mais do que no brilho, ela estava cintilante! -Bora pra Lapa! Preciso muito dançar!Disse leninha animadamente. Rodrigo que tava na intenção de nossa heroína, aproximou-se e disse: vai ficar comigo lá né?!Ela, que também não perdia a viagem e tampouco a oportunidade, respondeu com uma pergunta: - Porque não?! Sem titubear, beijou Rodrigo ali mesmo na porta do bar.

Rodrigo queria garantias! Então, Segurou na mão de Lena com firmeza de namorado , e lado a lado chegaram na Lapa. Olhou pra mão de Rodrigo segurando a sua e pensou: “- Ah...o que não tem remédio, remediado está...vamos viver o hoje porque amanhã à Deus pertence!” Chegando em seu habitué, adivinhe quem estava na bar com seus amigos? Se você respondeu Claudio, acertou! Ela até que tentou permanecer incógnita, mas como ficar oculta estando ao lado de um ‘moreno, alto, bonito e sensual’? Ela não queria causar transtorno, mas Claudio não tinha palavra e mais uma vez, apareceu onde não devia!

O telefone vibrava em sua bolsa, mas quem seria a pessoa insana que ligaria pra ela aquela hora da madrugada? Se você respondeu Claudio, acertou mais uma vez e ela nem se deu ao trabalho de atender, afinal se não queria desfrutar de sua companhia enquanto ainda havia tempo ia querer o que a uma hora daquelas? Discutir a relação que não existia?!Ah...ela queria era mais, desligou o celular e foi lá ser feliz!